Ritual marca integração de novas representantes de matriz africana ao Espaço Inter-Religioso do GHC
Com ervas, rezas, cantos e danças, Mãe Carmen de Oxalá, Mãe Andréa de Oxum e Mãe Elizete de Xangô saudaram usuários, trabalhadores e ancestrais em um ritual que começou na calçada em frente ao Hospital Conceição
“Desci para marcar uma consulta para a minha filha e percebi que havia um ritual da minha crença sendo realizado. Não esperava, foi uma alegria”. As palavras de Daniela Jaques de Almeida, que está internada para tratamento no Hospital Conceição, traduzem um dos objetivos da Participação Cidadã com o Espaço Inter-Religioso nas unidades hospitalares do GHC: possibilitar a usuários e trabalhadores a livre expressão de sua fé e contribuir, assim, para a construção de uma cultura de respeito à diversidade religiosa.
O ritual que Daniela pôde ver e participar, na tarde desta segunda-feira, 14 de setembro, marcava o início da atuação de três novas integrantes do grupo da religião de matriz africana do espaço. Mãe Carmen de Oxalá, Mãe Andréa de Oxum e Mãe Elizete de Xangô foram recebidas por Pai João de Iemanjá e Pai Mirim Xapanã e agora também passam a realizar atendimento espiritual semanal.
“Saudamos nossos ancestrais que vieram nos navios negreiros e passaram por um processo de colonização no Brasil. Aqueles homens e mulheres nos deixaram um legado, ao qual damos continuidade”, destacou Mãe Carmen. Ela fez uma menção especial à “contribuição das mulheres negras dentro do panteão da matriz africana, todas as Yás e Babas”.
No primeiro dia de atuação das novas integrantes, mais de 60 usuários e trabalhadores receberam o axé para a saúde das mãos do grupo. No Espaço Inter-Religioso do Hospital Conceição, os integrantes da religião de Matriz Africana realizam atendimento espiritual todas às segundas-feiras, das 14 às 17 horas.
O Espaço
Iniciativa da Participação Cidadã/GHC, o Espaço Inter-Religioso tem o objetivo de garantir assistência espiritual aos usuários e profissionais que desejarem e conforme suas crenças, a partir das diretrizes do SUS de integralidade da atenção e humanização do atendimento. Compreende, através da organização em um Fórum com representantes de diversas denominações religiosas, o acompanhamento dos trabalhadores, usuários dos serviços e seus familiares, com ações de atendimento individual e coletivo nos espaços inter-religiosos de cada unidade hospitalar, bem como a visitação ao leito de usuários internados.
Creditos: Nanda Duarte
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Com ervas, rezas, cantos e danças, Mãe Carmen de Oxalá, Mãe Andréa de Oxum e Mãe Elizete de Xangô saudaram usuários, trabalhadores e ancestrais em um ritual que começou na calçada em frente ao Hospital Conceição. Ritual marca integração de novas representantes de matriz africana ao Espaço Inter-Religioso do GHC
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