Bárbara de Oliveira/PNUD
Representantes da sociedade civil e de povos de comunidades de matriz africana estiveram reunidos em Brasília (DF), nesta terça-feira (2)
03/12/2014
Por Ana Paula Santos,
Especial para o Brasil de Fato
A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) promoveu nesta terça-feira (2), na sede do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PENUD), uma oficina sobre ações estruturantes de segurança alimentar para os povos e comunidades tradicionais e de matriz africana no país.
A oficina objetivou reunir representantes da sociedade civil e das comunidades de matriz africana para pensarem ações que contribuam na inclusão destes povos nos programas políticos do governo federais direcionadas à pauta.
“É importante que a sociedade civil ocupe os conselhos de segurança alimentar, pois nos preocupamos em atender as famílias de nossas comunidades porque, infelizmente, os povos tradicionais têm muita dificuldade em acessar o sistema de cadastramento do governo”, destacou Renato Bonfim, da Casa de Cultura IAO.
Dentre os encaminhamentos da oficina realizada, os participantes solicitaram o marco conceitual de Povos Tradicionais de Matrizes Africana para dialogar com a conjuntura atual e que o governo federal estimule e fortaleça a participação dos povos tradicionais de matriz africanas nos espaços de controle social e intercâmbio com outros movimentos.
Segundo informações da secretária de políticas para comunidades tradicionais da SEPPIR, Silvany Euclênio, as ações apresentadas serão pactuadas futuramente com o governo federal.
Experiências
Durante a oficina, representantes vinculados a projetos de segurança alimentar também relataram experiências de êxito como as ações da Ong Assobecaty, no município de Guaiba, no Rio Grande do Sul, responsável pelo projeto “Ajeum Ilera – Alimento Saudável para Todos”.
“A nossa intenção é discutir segurança alimentar a partir de um ponto de vista político incluindo a participação dos agricultores. Entendemos que segurança alimentar não se restringe a distribuição de cesta básica”, explica Richard Gomes, gestor do projeto.
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